terça-feira, 10 de agosto de 2010

Redecard X Cielo: concorrência guiada pelo Marketing

Uma máquina que se transforma em cachorro e outra que leva o nome do maior atleta da natação brasileira atualmente. O mercado de cartões de crédito e débito vive a maior “guerra” entre as principais operadoras: Redecard e Cielo. Desde julho deste ano que as credenciadoras operam todas as bandeiras do mercado, fazendo com que a concorrência entre elas aumente a cada dia.
A Cielo obrigatoriamente teve que investir R$ 36 milhões em Marketing após a mudança de nome da companhia – antes se chamava Visa Net. Se comparado ao primeiro trimestre de 2010, houve um aumento de 67,2% no investimento e boa parte dele foi destinada para a mídia de massa, a fim de atingir grande parte dos 98% de presença que a Cielo desfruta no Brasil.
A proposta da Redecard também foi levar a empresa para a TV. De forma mais bem-humorada, a companhia criou uma animação em que a máquina se transforma em um cachorro, o que atrai a atenção do consumidor. De carona nas mudanças no mercado de cartões a partir de julho, a Redecard percebeu a oportunidade de explicar ao público os benefícios da contratação de seu serviço pelos varejistas.
O perfil de varejista da Redecard é todo o comércio que queira gerar conveniência e capturar vendas por cartões, não importa o tamanho, o lugar ou os produtos que estão à venda. “Até chegar ao pequeno varejo fizemos um investimento que começou no ano passado com mídia de massa. Não havia discurso no mercado, mas hoje oferecemos promoções como a Maquininha Premiada, além de ações de Trade Marketing para gerar mais negócios para o nosso cliente”, diz Claudia Leite, Diretora de Marketing da Redecard, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A Redecard está pronta para atender cada necessidade dos varejistas. Com a expansão de novos mercados, a companhia desenvolveu soluções de negociação para qualquer modelo, até pelo celular, o que reforça a presença e a atuação da companhia em 100% do varejo nacional.
Apesar de sensibilizar a maioria dos telespectadores, o lançamento do “cachorro-máquina” teve como objetivo aquecer a relação com o lojista. “O cachorrinho é um mecanismo que atinge indiretamente todos os portadores de cartões. Isto atrai as pessoas a querer entender o que é a Redecard”, explica Claudia.
A mudança de nome de qualquer empresa requer um trabalho cuidadoso de branding. A ex-Visa Net anunciou a mudança de nome para Cielo após um período em que este nome foi manchete de jornais, portais e rádios de todo o país durante os jogos olímpicos de 2008, sem falar do Pan Americano no Rio de Janeiro, em 2007. A comparação com o nadador brasileiro foi inevitável. Tanto que a companhia usou o atleta em uma peça publicitária para a TV.
A telinha é a principal ferramenta da Cielo para comunicar aos clientes o diferencial de sua rede de alta performance. A companhia garante atender até 1,8 mil operações por segundo e se diz preparada para o atual cenário do mercado de credenciadoras. “Estamos totalmente preparados para operar no cenário multibandeira e somos a melhor opção ao varejo. Temos a certeza de que cumprimos o que prometemos: não deixar o lojista na mão”, afirma o Presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, ao Mundo do Marketing.
Para ganhar mercado e a confiança dos varejistas, a Cielo desenvolve um trabalho de relacionamento com cerca de 1,7 milhão de estabelecimentos credenciados com a empresa em todo o país. “O nosso negócio depende do sucesso de nossos clientes. Temos a presença física de assessores comerciais em todas as regiões do país para atender as necessidades deles, desenvolvendo ações promocionais, de relacionamento, de capacitação e de fidelização com o lojista”, conta Dias.
Por Thiago Terra

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