terça-feira, 10 de agosto de 2010

Crédito bate recorde no semestre



Segundo o Banco Central, o crédito bancário quebrou novo recorde no primeiro semestre do ano, chegando a R$ 1,53 trilhão, com crescimento de 8% no período, 2% entre maio e junho e 19,7% nos últimos 12 meses. O valor representa 45,7% do Produto Interno Bruto (PIB). O aumento dos financiamentos, segundo o BC, continua acelerado pelos empréstimos com recursos subsidiados, principalmente do BNDES para empresas e do FGTS e poupança para casa própria. O crédito subsidiado cresceu 11,3% no ano, sendo 10,5% no BNDES e 21,4% na habitação. E os empréstimos sem subsídio no ano aumentaram 7,6% para pessoas físicas e 5,6% para empresas. Esses números explicam o maior crescimento da carteira dos bancos públicos (10%), frente aos privados nacionais (8,2%) e dos estrangeiros que atuam no país (3,7%). O empréstimo consignado (com desconto na folha de pagamento) cresceu 14,4% no acumulado do ano e chegou pela primeira vez à proporção de 60% do crédito pessoal. Os empréstimos sem subsídio para pessoas físicas aumentaram 30% nos últimos 18 meses e superaram os créditos às empresas pela primeira vez na história. Foram R$ 499 bilhões para as empresas e R$ 502 bi para as famílias, um terço do total de crédito concedido no país (não entram na conta os empréstimos habitacionais subsidiados pelo FGTS e poupança, que superam R$ 100 bi). Já a taxa média de juros retomou a trajetória de queda em junho. O recuo foi de 34,9% para 34,6% ao ano, sendo 27,3% para empresas (+0,4 ponto percentual) e 40,4% a.a. para pessoas físicas (-1,1 p.p.). Essa taxa para os consumidores é a menor desde 1994, segundo o BC, em parte pela migração de clientes para financiamentos mais baratos. A queda de 7,2 p.p. no "spread" bancário no período é um dos principais fatores para a redução dos juros ao consumidor, que só não foi ainda maior devido ao aumento na taxa Selic, que subiu os custos de captação de recursos dos bancos.
Folha On line

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